
Evento para convidados acontece no dia 25 em São Paulo, a partir das 18h
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Running Legal Like a Business, em Las Vegas! Read more »
Valor Econômico | Luiza Calegari | Luiz Friggi
Para incluir o Starlink na decisão, o ministro considerou que havia “grupo econômico de fato” entre a X e a Starlink Read more »
Empresas que utilizam os incentivos da Lei do Bem: Atenção à DIRBI!
A Receita Federal implementou novas exigências para a declaração dos benefícios fiscais. Quer evitar penalidades e garantir a conformidade fiscal? Nossa equipe está pronta para te apoiar!
Prazo importante: informações apuradas em 2024, para as empresas com apurações trimestrais, devem ser apresentadas até o dia 20 de outubro!
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Veja também: Desperdício de energia renovável: ineficiência controlável
Estamos entusiasmados em anunciar a chegada de Leonardo de Almeida Oliveira como novo diretor de Novos Negócios no Simões Pires. Com mais de 15 anos de experiência em projetos de consultoria tributária e governança corporativa, Leonardo traz uma trajetória sólida desenvolvida em empresas de auditoria (KPMG e PwC) e escritórios de advocacia. Sua expertise abrange a gestão de pessoas, de negócios e a prática de inovação.
Leonardo possui domínio jurídico robusto, o que lhe permite uma análise detalhada da legislação, contratos e outras questões legais. Sua contribuição será essencial para continuarmos a oferecer serviços jurídicos de alto nível aos nossos clientes.
Nossa dedicação à excelência e à inovação permanece inabalável. Com a liderança e a experiência de Leonardo, estamos confiantes de que fortalecemos ainda mais nossa equipe e entregaremos resultados excepcionais.
O Globo | Daniel Gullino — Brasília | 29/08/2024 | Luiz Friggi
Comunicações como a feita por Moraes com X ocorrem geralmente por e-mail e, em casos excepcionais, por WhatsApp Read more »
Em um artigo exclusivo, as sócias do Simões, Roberta Aronne, Mariana Sá e Amanda Faria, discorrer sobre o potencial do Brasil como um país estratégico para data centers, combinando vastos recursos naturais, energia renovável e uma infraestrutura crescente
À medida que avançamos na era digital, a demanda por data centers robustos, confiáveis e sustentáveis continua a aumentar. Essas instalações são a espinha dorsal do nosso mundo conectado, permitindo o fluxo contínuo de informações que impulsionam economias e sociedades. Em meio a essa demanda global, o Brasil se destaca como um polo de oportunidade, posicionado de forma privilegiada para se tornar um importante centro de instalação de data centers, alavancando seu vasto território, potencial de “power shoring” (escoramento de energia) e abundantes recursos hídricos.
As vantagens do Brasil o tornam um local ideal para o estabelecimento de data centers. Com sua vasta disponibilidade de terras, o país oferece inúmeros locais adequados para a construção das instalações (que têm características muito específicas), muitos dos quais estão localizados em regiões com condições climáticas favoráveis e baixo risco de desastres naturais (a região de Campinas, localizada no interior de São Paulo, vem liderando o setor, seguida pelo estado do Rio de Janeiro). Além disso, os custos imobiliários no Brasil são geralmente competitivos em comparação com outros mercados internacionais, oferecendo economias significativas de investimento inicial. De acordo com um estudo publicado pela Associação Brasileira de Infraestrutura de Telecomunicações (Abrintel), os custos de arrendamento de terras no Brasil podem ser até 40% mais em conta do que em outros países “desenvolvidos”. Juntamente com uma infraestrutura em melhoria contínua e políticas governamentais que incentivam a expansão tecnológica, o Brasil apresenta uma opção estratégica e vantajosa para empresas que buscam aprimorar suas capacidades de processamento e armazenamento de dados.
O Brasil também fornece um ambiente seguro para transações imobiliárias, com estruturas legais regulando contratos de longo prazo e o uso da terra. A legislação do país oferece a estabilidade e previsibilidade necessárias para empreendimentos de larga escala e longo prazo, como a instalação de data centers, garantindo a operação contínua sem interrupções imprevistas.
O termo “Power shoring” refere-se à realocação estratégica de data centers para regiões com fontes de energia abundantes e confiáveis. O cenário energético do Brasil é particularmente propício para tais empreendimentos. O país ostenta uma matriz energética diversificada, com uma parcela substancial derivada de fontes renováveis. A energia hidrelétrica, que responde por aproximadamente 60% da produção de energia do Brasil, é complementada por investimentos significativos em energia eólica, biomassa e solar.
Essa capacidade e infraestrutura de energia renovável não apenas garantem um suprimento abundante de energia, mas também se alinham com o impulso global em direção à sustentabilidade. Os data centers, notórios por seu consumo substancial de energia, podem se beneficiar imensamente das capacidades de energia verde do Brasil, reduzindo sua pegada de carbono e contribuindo para as metas ambientais globais. Além disso, a diversidade geográfica das fontes de energia do Brasil atenua os riscos associados a interrupções localizadas, garantindo operações contínuas e confiáveis.
Outro fator crítico na viabilidade e eficiência dos data centers é o resfriamento. Como servidores e outros equipamentos geram aquecimento significativo, os sistemas de resfriamento são essenciais para manter as condições operacionais ideais. Aqui, a riqueza de recursos hídricos do Brasil oferece uma vantagem distinta.
O país abriga alguns dos maiores e mais relevantes sistemas fluviais do mundo, incluindo os rios Paraná e São Francisco. Esses corpos d’água fornecem uma solução sustentável e econômica para as necessidades de resfriamento dos data centers. Aproveitar fontes naturais de água para resfriamento pode reduzir significativamente os custos operacionais e o impacto ambiental em comparação aos sistemas tradicionais de ar condicionado.
Além disso, o compromisso do Brasil em preservar seus recursos hídricos garante que esses benefícios não sejam apenas imediatos, mas também sustentáveis a longo prazo. A integração de tecnologias avançadas de gestão e conservação de água aumenta ainda mais a viabilidade de utilizar esses recursos sem comprometer a integridade ambiental.
O rápido desenvolvimento e implantação de tecnologias de inteligência artificial (IA) aumentaram exponencialmente a demanda por data centers. De acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA), “os data centers têm o potencial de dobrar seu uso de energia até 2026” e, com base em um relatório da Gartner, o mercado global de data centers deve crescer de US$ 200 bilhões em 2021 para mais de US$ 300 bilhões até 2026. As cargas de trabalho de IA, que exigem grande poder computacional e armazenamento de dados, são um impulsionador significativo desse crescimento.
Aplicações de IA — de modelos de “machine learning” e sistemas autônomos a processamento de linguagem natural e visão computacional — exigem ambientes de computação de alto desempenho. Esses ambientes necessitam de data centers robustos equipados com hardware avançado, vastas capacidades de armazenamento e sistemas de resfriamento eficientes. O potencial do Brasil para atender a essas necessidades, com seu vasto território e disponibilidade imobiliária, fontes de energia renováveis e abundantes recursos hídricos, o posiciona como candidato principal para absorver a crescente demanda por data centers impulsionados por IA.
Além de seus recursos naturais, a posição geopolítica estratégica do Brasil acrescenta outra camada de atratividade para a instalação de data centers. Como a maior economia da América Latina, o Brasil serve como uma porta de entrada para um mercado de mais de 580 milhões de pessoas. Sua infraestrutura de telecomunicações bem desenvolvida e investimentos contínuos em conectividade aumentam seu apelo como um hub de data center.
Além disso, a abordagem proativa do Brasil para a transformação digital e seu comprometimento em promover um ambiente de negócios propício para investimentos em tecnologia criam uma base sólida para o crescimento de data centers. Iniciativas governamentais voltadas para melhorar as estruturas regulatórias, incentivar a adoção de energia renovável e aprimorar a segurança cibernética reforçam ainda mais a posição do Brasil como um local privilegiado para investimentos em data centers.
Para plenamente concretizar seu potencial como um centro global de data center, o Brasil deve promover um ambiente favorável aos negócios e continuar a investir em sua infraestrutura energética e promover práticas sustentáveis de gestão hídrica. A colaboração entre os setores público e privado será crucial para impulsionar essas iniciativas.
A comunidade global também tem um papel a desempenhar. Parcerias e investimentos internacionais podem acelerar o desenvolvimento das capacidades de data center do Brasil, trazendo tecnologias de ponta e expertise para a mesa. Ao trabalharmos juntos, podemos desbloquear todo o potencial dos recursos do Brasil, criando um cenário ganha-ganha que beneficia não apenas o país, mas todo o ecossistema digital.
Fonte: Leaders League