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CIESP | Cíntia Souza – São Paulo | 18/06/2025 | Joao Casalatina
Nesta terça-feira, 18 de junho, o Departamento de Comércio Exterior (COMEX) do CIESP Jundiaí promoveu mais uma reunião com ampla participação — cerca de 100 profissionais, entre presenciais e remotos — para debater os temas mais atuais que impactam diretamente a rotina de empresas que atuam no comércio internacional. A reunião foi coordenada por Cileide David, diretora adjunta de COMEX, com a participação remota de Márcio Ribeiro Julio.
Abrindo a programação, a palestra sobre o mercado de fretes foi conduzida por Rodrigo Steffanoni e Verena Zaghetti, gerentes comerciais da Task Logistics (Alphaville e Rio Claro, respectivamente). Verena trouxe dados atualizados sobre o crescimento do fluxo global pós-pandemia e destacou os desafios do setor, como atrasos, indisponibilidade de equipamentos, greves e congestionamentos em portos e aeroportos — fatores que aumentam os riscos e impactam o cliente final. “O fluxo do comércio global ganhou mais tração após a pandemia. Um crescente de operações: em janeiro de 2025, o Porto de Santos operou 460 mil TEUS (12% a mais se comparado com o mesmo período de 2024”, anunciou.
João Casalatina: Líder da área de Comércio Exterior no Simões Pires
Rodrigo apresentou soluções logísticas oferecidas pela empresa, abordando diferentes tipos de frete para cargas secas e estratégias para mitigar os impactos logísticos. Entre os destaques estão a diversificação de rotas, otimização de embarques e planejamento com previsibilidade. Eles também compartilharam as principais tendências para o segundo semestre de 2025, com cenários específicos para China, EUA, Europa, Argentina e Ásia.
Em seguida, João Casalatina, da Simões Pires, abordou a Reforma Tributária no Comércio Exterior, chamando atenção para impactos que vão além dos impostos. Ele ressaltou a importância do planejamento tributário diante das mudanças, e apresentou simulações que demonstram variações na carga tributária que podem ultrapassar os 30%. “A expectativa de novos prazos de pagamento pode gerar ganhos de até 50 dias de fluxo de caixa para as empresas”, alertou.
Casalatina também reforçou a relevância crescente do programa OEA e recomendou a análise da troca de modal logístico, do marítimo para o aéreo, considerando custos como AFRMM, armazenagem e taxas portuárias. “O AFRMM e as demais despesas portuárias passam a ser um grande fator decisivo na estratégia das empresas. Hoje ele está em 8% do valor do frete internacional mas vale lembrar que até pouco tempo atrás era 25%”, alertou.
O encontro contou ainda com a participação de Elson Isayama, presidente do Sindasp, que reforçou a importância da adaptação ao Portal Único e anunciou o evento online do dia 24 de junho com representantes da ANP e do MCTI, voltado aos novos procedimentos de importação com anuência. A live será transmitida pelo YouTube.
Fechando a programação, Dr. Diego Joaquim apresentou a legislação vigente no período de maio e junho, abordando alterações tarifárias, medidas de defesa comercial e mudanças em NCMs. Destacou ainda a suspensão da greve dos auditores da Receita Federal — determinada por decisão judicial — e o decreto que amplia o acordo automotivo entre Brasil e Argentina. “A suspensão da greve dos auditores da Receita Federal. Vale ressaltar que a suspensão da greve não foi por atendimento às exigências dos profissionais e sim por ordem do STJ, o que acreditamos que vai continuar impactando o dia a dia das empresas.”, comentou.
Cileide David, diretora adjunta de Comércio Exterior reforçou a importância da participação dos profissionais da reunião e convidou a todos para participar de forma presencial. “Lembrando nossa próxima reunião será em agosto. A programação dos nossos encontros são pensadas com temas atuais e estratégicos, reforçando o papel do CIESP Jundiaí como referência regional no apoio e capacitação e atualização dos profissionais de comércio exterior”, comentou.